Nos últimos dias, um nome tem sacudido o mundo da inteligência artificial: DeepSeek. Se você ainda não ouviu falar, é bom ficar de olho. O modelo de IA desenvolvido na China não só superou o ChatGPT como app mais baixado na App Store dos EUA, mas também está desafiando todo o modelo de negócios das big techs. E o mais impressionante? Fez isso com uma fração dos recursos.
David contra Golias: o DeepSeek e as gigantes da IA
Enquanto empresas como OpenAI gastam bilhões para treinar modelos como o GPT-4, a DeepSeek afirma ter conseguido uma performance similar com apenas US$ 5,5 milhões. Como? Eficiência. Restrições dos EUA na exportação de chips forçaram os chineses a inovar, usando menos recursos de forma mais inteligente.
Os números são chocantes:
- US$ 6 milhões para desenvolver o modelo (vs. US$ 100M+ do GPT-4)
- 2.000 chips especializados (vs. 16.000 da concorrência)
- API 50x mais barata
- Performance comparável ao GPT-4 e Claude 3.5
- Modelo open source, disponível para qualquer um testar e usar
O que isso muda na prática?
No dia a dia, você pode não notar tanta diferença entre o DeepSeek e outras IAs como ChatGPT ou Claude. Mas o impacto no mercado é gigantesco. O modelo de código aberto permite que desenvolvedores o rodem localmente, sem depender de data centers caríssimos. Isso pode forçar gigantes da IA a rever suas estratégias.
E o impacto já está sendo sentido: só o hype em torno do DeepSeek fez as ações da Nvidia caírem 12%. Além disso, levanta a questão: se a China conseguiu chegar tão longe com poucos recursos, o que vem a seguir?
O que vem pela frente?
O DeepSeek não é só uma nova IA – é um recado geopolítico. A corrida entre China e EUA pela supremacia na inteligência artificial acaba de entrar em uma nova fase, muito mais imprevisível. E enquanto isso, nós, usuários, ganhamos mais opções e acesso a tecnologias avançadas sem precisar pagar fortunas.
Se essa revolução vai mudar tudo ou se é apenas mais um hype passageiro, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: o jogo da IA nunca mais será o mesmo.