Brands – Edição 110º – O que marcas fortes estão fazendo e você deveria saber?

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Fala, time!

Essa edição prova que dado bom não é o que você coleta, é o que você usa em tempo real.

Na última Roundtable da Makers, o papo foi direto: dados comportamentais como nova moeda do marketing. Hiperpersonalização de verdade, uso estratégico (não só tático) e um alerta claro: sem inteligência em tempo real, sua marca está atrasada.

Tem mais:

  • BPool traz um estudo da Gartner com as “Genius Brands” — as marcas que estão 3 passos à frente.
  • Salesforce mostra por que agentes autônomos são o futuro do atendimento (e não, não é só bot com IA).
  • E um bônus da Netflix com o Tudum 2025: como transformar fãs em estratégia e afeto em brand equity. 

Go get smarter!

Dado em tempo real é sobrevivência.

Na última terça (03/06), rolou uma Roundtable daquelas que não dá pra fingir costume.

Patrocinada pelo PicPay, a conversa reuniu lideranças de marketing com uma pergunta urgente na mesa: como os dados comportamentais em tempo real estão redefinindo o marketing moderno?

Foi um encontro de escuta ativa, franqueza e trocas de altíssimo nível, com foco em repertório, conexões e provocações reais.

O centro da discussão?
Um território cada vez mais estratégico, onde tecnologia, comportamento e inteligência de negócio se cruzam.

O que mais pegou?
– A percepção de que as dores são parecidas, mesmo em contextos diferentes
– A riqueza das visões compartilhadas
– O clima de intimidade, que permitiu discussões profundas e práticas

E, claro, os dados comportamentais como nova moeda do marketing.

Entre os insights mais fortes da conversa:

– A hiperpersonalização em tempo real não é promessa de deck, é prática aplicada, onde o desejo do consumidor guia a experiência.
– Dados estruturados e comportamentais são armas poderosas para campanhas mais relevantes e segmentadas.
– Ter o controle do canal de relacionamento direto com o consumidor é o que permite aprendizado contínuo e mais agilidade.

E teve autocrítica também:
Faltam dados? Às vezes. Mas falta ainda mais maturidade estratégica para usá-los. A maioria ainda opera com mentalidade tática, não como vetor de crescimento.

A mensagem foi clara:
dados em tempo real não são luxo. São caminho para criar relevância, agilidade e conexão verdadeira.

Genius Brands: o que as marcas mais avançadas do mundo estão fazendo diferente

A Gartner analisou 1.243 marcas de 12 setores no estudo “2025 Digital IQ Strategy Guide for CMOs”, publicado em abril de 2025, e destacou 36 delas como verdadeiras Genius Brands. A pergunta é: o que diferencia essas marcas do resto?


Elas seguem três movimentos essenciais e estratégicos:


1. Estratégia de longo prazo com gente capacitada

Enquanto só 15% dos CMOs têm planos com mais de três anos, as Genius Brands tratam planejamento como ativo. São duas vezes mais propensas a contratar especialistas em estratégia de marketing e, por isso, têm 1,5x mais chances de reportar alta performance. Ah, e são mais de 3x mais citadas positivamente pela imprensa por suas inovações.

2. Obsessão (inteligente) por entender o cliente

Mesmo com 58% dos consumidores dizendo que marcas não entendem suas preferências, as Genius Brands fazem o contrário. Elas investem em dados, visão de longo prazo para tecnologia e capacitação de times. Resultado? Uma rotatividade 18% menor nas tecnologias de CX.
3. Experiências que mudam percepção (e comportamento)

Só 28% dos consumidores dizem ter vivido algo marcante com uma marca. As Genius Brands criam experiências que dobram as chances de o cliente pagar mais, recomendar ou voltar.


O estudo é claro: performance digital de verdade exige visão de futuro, profundidade analítica e coragem criativa.

Agentes autônomos: o próximo salto no atendimento ao cliente

Você já deve ter visto robôs conversando com clientes. Mas os agentes autônomos vão além: eles aprendem, tomam decisões sozinhos e melhoram com o tempo. É IA com iniciativa e isso muda tudo.


Diferente dos bots tradicionais, esses agentes usam machine learning, NLP (Processamento de Linguagem Natural) e análise em tempo real para entender o cliente, decidir o que fazer e agir. Eles personalizam respostas, antecipam problemas e atuam em múltiplos canais (simultaneamente). E o melhor? Aprendem com cada nova interação.


Se sua operação lida com grandes volumes, integrar agentes autônomos pode significar:

  • Atendimento proativo e personalizado, com base no histórico e no contexto do cliente.
  • Mais agilidade e menos custo, sem perder qualidade.
  • Escalabilidade real, sem sobrecarregar sua equipe.

A Salesforce já está nessa. O Service Cloud, integrado ao Data Cloud, permite criar experiências autônomas com personalização profunda e dados unificados. Com ferramentas como Prompt Builder e Copilot Studio, você adapta fluxos, respostas e integrações — tudo sem perder o controle da jornada.
O que vem a seguir?

  • Agentes que antecipam comportamentos.
  • Maior integração com tecnologias como IoT e blockchain.
  • Casos de uso que vão além do atendimento: vendas, marketing e operações também entram no jogo.

O futuro do atendimento está aqui e ele se programa sozinho.
Conheça mais sobre agentes autônomos com a Salesforce. 

Tudum 2025: o evento que transformou fãs em ativos estratégicos da marca Netflix

Enquanto boa parte das marcas ainda tenta entender como reter atenção no feed, a Netflix segue jogando em outro campo: o do imaginário cultural.

No dia 31/05, a gigante do streaming realizou mais uma edição do Tudum, seu evento global para fãs. Não foi apenas uma vitrine de lançamentos, foi uma aula prática sobre construção de comunidade e brand equity.

Tudum consolida um dos maiores ativos da Netflix: o pertencimento em escala. É quando a marca deixa de ser uma plataforma de conteúdo para se tornar um espaço simbólico, emocional e coletivo.

E os dados não mentem:

  • Mais de 78 milhões de visualizações em conteúdos associados ao Tudum 2023.
  • Segundo a Parrot Analytics, 40% do valor de uma plataforma de streaming vem do apelo emocional de suas produções exclusivas o que o Tudum amplifica com maestria.
  • No Q1 de 2025, a Netflix registrou lucro líquido de US$ 2,89 bilhões.
  • Nos últimos 3 anos, colocou mais títulos no Top 10 global do que todos os outros streamings somados.
    O que está por trás desse sucesso?

A estratégia da Netflix mostra que vencer na economia da atenção não é só sobre tempo, é sobre afeto.

O Tudum é um mecanismo de fidelização emocional, ancorado em três movimentos estratégicos:

  • Engajamento comunitário: o evento gera produção orgânica massiva por parte dos fãs, que se tornam amplificadores espontâneos da marca;
  • Escassez cultural: conteúdos exclusivos e antecipações reforçam o senso de urgência e pertencimento;
  • Escala global com relevância local: o evento conversa com diferentes públicos ao redor do mundo, mas sempre mantendo a sensação de que foi feito para cada um.

Mais do que um evento, o Tudum é uma ferramenta de longo prazo de branding, que transforma seguidores em protagonistas e audiência em comunidade.

Em um mercado saturado por produções, a Netflix encontrou um diferencial: criar memória afetiva e pertencimento em larga escala.

E o que isso diz sobre o futuro das marcas?

Enquanto muitas empresas correm atrás de novos algoritmos, a Netflix constrói novos significados.

Enquanto algumas miram alcance, ela cultiva vínculo.

O Tudum prova que marcas fortes não vendem produtos, criam ecossistemas emocionais onde as pessoas desejam pertencer.

Na próxima reunião sobre awareness, talvez valha perguntar: A sua marca está sendo lembrada… ou vivida?

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