No mercado em que atuamos, o crachá importa. A marca que representamos abre portas, gera escuta, valida conversas. Estar à frente de grandes empresas e marcas poderosas nos torna, de certa forma, interessantes. Não só para o mercado, mas para os outros e, muitas vezes, para nós mesmos. Com o tempo, “quem sou” e “onde estou” se confundem. Passamos a alimentar o ego com o prestígio da posição, mesmo quando, internamente, algo já não faz mais sentido.

Falar sobre isso exige coragem. O sistema premia o movimento, não a pausa. Exalta conquistas, não questionamentos. Não à toa, 67% dos executivos já sentiram esgotamento moral tentando manter sua integridade em ambientes que desestimulam isso, segundo a Harvard Business Review. Esse burnout ético surge do atrito entre o que se acredita e o que se vive.A estatística não espanta, mas escancara o que muitos líderes sentem e poucos verbalizam: não é o excesso de trabalho que mais adoece. É o desalinhamento.

Como líderes sêniores, influenciamos muito além das entregas moldamos referências e comportamentos. Por isso, senti que era hora de sair do piloto automático e buscar uma forma mais autêntica de liderar.

Recentemente fiz o improvável, depois de 20 anos de carreira, no que muitos chamam de “estar no auge” eu resolvi dar uma pausa. O que mais ouvi desde que decidi fazer essa pausa foi admiração, apoio e pessoas que sonham em um dia “ter coragem”. Pra mim, esse tempo está me tornando uma profissional ainda mais profunda e potente. Num mundo onde ter tempo é luxo, eu me dei ao luxo de olhar para dentro e silenciar dos ruídos para entender minha missão e construir meus próximos passos com propósito.

Agora a Thaís sabe um pouco mais sobre antroposofia, sobre Life Design e descobriu na cerâmica um exercício de criatividade e reconexão.Ter tempo me possibilitou usar outros “músculos do cérebro” e ressignificar meus conhecimentos. Começo agora a abrir esses novos caminhos através de mentorias e um projeto pessoal que estou formatando com muito carinho.

Com isso, deixo a reflexão: você está vivendo e agindo no trabalho com base nas suas crenças e valores? Você tem orgulho real do que está deixando de legado no mundo?

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